Por Juca Queiroz - Memorial News
Foto: Montagem/Juca Queiroz
Mais uma vez, em atos sequenciais, o governado do Amazonas Wilson Lima, mostra que é bom em uma coisa: na arte de dar pernadas.
A TV A crítica, em nota, manifestou surpresa e indignação com o anúncio através de outros veículos de comunicação, que a TV Amazonas, do Grupo Globo, vai transmitir o 57º Festival Folclórico de Parintins.
Nesta quinta-feira (2), os presidentes dos bois-bumbás, Caprichoso e Garantido, foram convocados às pressas para uma reunião em Manaus, no palácio do governo. Era o anúncio de que a Rede Amazônica iria transmitir o festival. Claro que não era surpresa pra ninguém, pois isso já era previsto e anunciado desde a edição do BBB24, que teve a cunhã poranga do boi Garantido como participante.
O que também não causa surpresa, é o histórico do governador, em dar pernadas em seus amigos e parceiros. Vamos aos fatos:
Vocês lembram do Gelson Albuquerque, o Guma? Pois é... não precisa ser 'expert' para saber o que Wilson Lima fez com o rapaz. O desprezou e abandonou. Antes de se eleger, Wilson declarou publicamente amor eterno. Não foi isso que fez. Deixou Guma na mão.
Em agosto de 2020, foi a vez de Carol Braz. na época secretária do governo e membro do mesmo partido de Wilson, o PSC. Carol foi obrigada a retirar sua candidatura a Prefeitura de Manaus. Carol era a favorita ao cargo, apesar do pouco tempo que passou à frente da Sejusc. Wilson Lima optou por se render à velha política, abrindo as pernas aos velhos caciques.
Outra grande pernada do Wilson, publicamente abalou a estrutura do seu primeiro vice, Carlos Almeida, a ponto de ele ir para à imprensa declarar abertamente em abril de 2021, que não fazia parte da rede de esquemas responsável por fraudes no estado do Amazonas em meio a um dos momentos mais críticos da sua história, a pandemia da Covid-19.
Mais uma vez, Wilson Lima protagoniza uma pernada clássica, dessa vez a vítima foi o vice-prefeito Marcos Rotta, em março do ano passado. Rotta tentou minimizar a “pernada” que levou, ao perder o comando do partido Progressistas (PP) no Amazonas para um aliado do governador Wilson Lima (União).
Caminhando para a reeleição, vendo que não ganharia o pleito, o governador do Amazonas resolveu buscar apoio político com prefeito de Manaus, David Almeida. A campanha foi um sucesso, com a reeleição garantida. Não precisa dizer que Wilson foi um sacana, no que tange a parceria com David. Tudo começou com a virada de mesa na Câmara Municipal de Manaus, com Wilson tirando os vereadores da base do prefeito e levando para a pífia campanha do deputado Roberto Cidade a prefeito de Manaus. Parece que a ficha de Wilson caiu e viu que deu um tiro no pé. Dizem as más línguas que Wilson chegou à conclusão que Cidade é um péssimo candidato e parece que Wilson busca novamente apoio para a candidatura ao senado com David.
Fontes confiáveis afirmam que o alvo do governador agora é o seu atual vice, Tadeu Souza. Há articulações por fora, para que Tadeu deixe o cargo de vice-governador e aceite a vaga que está abrindo no TCE-AM. Wilson só não percebeu que Tadeu é funcionário de carreira da Procuradoria-Geral do Estado do Amazonas e, que ir para o TCE-AM é trocar seis por meia dúzia.
Quando Wilson Lima chegou em Manaus, oriundo do estado do Pará, a TV A Crítica, assim como os seus colaboradores, acolheram o atual governador, seja na vida pessoal ou profissional. Rapaz simples, sem quase nenhuma posse, aprendeu rápido a arte de apresentador de TV. Dependente dos demais colegas, por nõ possuir veículo, pegava carona de alguém que passaria pelo bairro de Petrópolis, para deixá-lo em casa.
Os proprietários da TV A Crítica o viram com bons olhos para o cargo de governador, pois seu discurso inovador e agressivo, lhe deu popularidade, atacando seus adversários sem piedade. No fim, Wilson se elegeu e até o dia de ontem (2), mantinha a paz com os Calderaro, até o anúncio, de que em consenso, a TV Amazonas irá transmitir o Festival de Parintins.
Querendo pegar carona na onda da cunhã, que ganhou projeção nacional na edição 24 do reality show, Big Brother Brasil, da TV Globo, Wilson Lima fecha a série de pernadas ilustres, dando, sem pestanejar, a transmissão do 57º Festival Folclórico de Parintins.
A TV A Crítica, por sua vez, diz que o governador mente e que o mesmo puxou o gatilho para uma flagrante violação a um contrato vigente. Está na hora também de trazer à tona, os contratos ocultos deste governo com a rede de esquemas responsável por fraudes no estado do Amazonas em meio a um dos momentos mais críticos da sua história, a pandemia da Covid-19.
LEIA NA ÍNTEGRA A NOTA DA TV A CRÍTICA:
A iniciativa de um homem visionário mudou a história das transmissões televisivas no Estado do Amazonas em 1988, quando Umberto Calderaro Filho decidiu transmitir o embate entre Caprichoso e Garantido na TV A Crítica. Desde então, há 36 anos, a Rede Calderaro de Comunicação sempre esteve de mãos dadas com a maior festa folclórica de nosso Estado, seja em transmissões ou coberturas especiais.
Nesta quinta-feira (2), após a realização de uma cobertura histórica dos festejos de Caprichoso e Garantido na Ilha Tupinambarana, recebemos com surpresa, por meio da imprensa, a informação de que os bumbás assinaram, sob forte pressão do Governo do Estado do Amazonas, um suposto contrato de transmissão com a Rede Amazônica.
De nossa parte, em nenhum momento houve qualquer restrição a negociações para ampliar os horizontes de divulgação nacional do Festival Folclórico de Parintins, mas jamais recebemos qualquer sondagem ou contato por parte de qualquer emissora para a negociação dos direitos de transmissão. Como dito pelo próprio CEO da Rede Amazônica, o governador Wilson Lima foi o responsável por tal articulação. Além de agir como porta-voz de uma empresa privada, o governo, em nota, mente ao divulgar um suposto consenso para esta transmissão, que viola um contrato de exclusividade vigente com os bumbás há mais de dez anos.
Neste período de parceria entre a TV A Crítica, Caprichoso e Garantido, a emissora foi a única que esteve ao lado dos bois em momentos cruciais. Foi assim em 2016, quando o Governo do Estado abandonou os bumbás e cortou o repasse, e a TV A Critica viabilizou recursos extras para Caprichoso e Garantido estarem prontos para a arena. Também foi assim na pandemia de Covid-19, quando mesmo sem a realização do Festival, a TV A Crítica manteve os repasses previstos em contrato por entender as dificuldades pelas quais as associações folclóricas e, principalmente, o povo parintinense, passavam naquele momento.
Justamente por ter esse compromisso com os bumbás, com os nossos patrocinadores e, acima de tudo, com o povo amazonense, vamos seguir com todo o nosso planejamento de transmissões, seja de eventos paralelos, como Curral do Garantido e Bar do Boi Caprichoso, como dos três dias do Festival Folclórico de Parintins de 2024. Nenhuma assinatura que viole direitos previamente adquiridos será maior que nossa palavra e que o nosso dever de levar a todos a transmissão do maior espetáculo a céu aberto do mundo, sem exigências de assinatura de streaming ou quaisquer restrições regionais.
Diante do cenário criado pelo Governo do Estado, onde o governador Wilson Lima puxou o gatilho para uma flagrante violação a um contrato vigente, iremos buscar esta reparação judicialmente. Todos os dias, em todos os nossos veículos, incentivamos você a exercer a sua cidadania e lutar pelos seus direitos. Faremos o mesmo pelos nossos e temos confiança na vitória, já que onde há Justiça não há pressão sob portas fechadas que prospere.
Ao nosso público, nossos telespectadores, que formam esta grande família amazonense espalhada em onze Estados do Brasil pela TV aberta, e em todo o mundo pelo YouTube, seguimos reafirmando aquilo que é mais que um slogan, é uma missão: é da nossa terra, tá na nossa tela. O Festival de Parintins estará na tela da TV A Crítica, e temos a certeza de que você estará de mãos dadas conosco.
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