Por David Clarke/Reuters
Foto: Ammar Awad/Reuters
Sob uma saraivada de foguetes, centenas de homens armados do Hamas invadiram o sul de Israel a partir da Faixa de Gaza nas primeiras horas de 7 de outubro, em motos, parapentes e veículos com tração nas quatro rodas, desencadeando morte, destruição e desespero em cidades e aldeias próximas.
Gangues de militantes apareceram subitamente no coração de pequenas comunidades israelitas, quebrando a calma da vida quotidiana, matando e raptando residentes atordoados enquanto outros se encolhiam durante horas em quartos seguros até que os soldados israelitas os libertassem.
Ferozes tiroteios ocorreram, em alguns casos durante dias, antes que as forças israelenses finalmente recuperassem o controle. Muitos sobreviventes traumatizados emergiram apenas para encontrar corpos de entes queridos, vizinhos e homens armados espalhados pelas suas estradas, jardins e campos.
Em resposta ao ataque, Israel colocou Gaza, onde vivem 2,3 milhões de pessoas, sob cerco e lançou a campanha de bombardeamento mais poderosa dos 75 anos de história do conflito israelo-palestiniano, destruindo bairros inteiros e matando mais de 1.400 palestinos. , de acordo com as autoridades de Gaza.
A Reuters reuniu imagens de vídeo autenticadas e relatos de testemunhas que mostram o inesperado ataque terrestre do Hamas e barragens de foguetes que destruíram comunidades e mataram pelo menos 1.300 pessoas em Israel, segundo a emissora pública Kan.
Com a desinformação e a desinformação obscurecendo o que realmente aconteceu no terreno em Israel, imagens de vídeo devidamente verificadas, algumas das quais estão apenas a surgir, podem desempenhar um papel crítico no estabelecimento dos acontecimentos.
Kibutz Kfar Aza
O governo de Israel publicou nesta quinta-feira (12) uma imagem que comprova as afirmações feitas por militares do país e noticiadas nos últimos dias: a de que bebês foram assassinados, e alguns deles decapitados, pelo grupo terrorista Hamas. A postagem em questão, feita por um perfil na rede X (antigo Twitter) administrado pelo Ministério das Relações Exteriores israelense, mostra uma criança assassinada.
O perfil administrado pelo governo israelense também compartilhou uma publicação feita pelo jornal Jerusalem Post, também na rede X, no qual o veículo diz que “pode agora confirmar, com base em fotografias verificadas dos corpos, que os relatos de bebês queimados e decapitados no ataque do Hamas a Kfar Aza estão corretos”.
Em uma terceira publicação sobre o assunto feita nesta quinta, o perfil pede ainda que as pessoas não fiquem insensíveis diante das imagens que estão vendo.
– Estas são mulheres. Crianças. Bebês. Seres humanos. Queimado[s] vivo[s]. Famílias inteiras massacradas em suas casas. Bebês torturados e assassinados – finaliza o texto escrito pela página @Israel.
SOBRE O CASO
A informação sobre a decapitação de bebês surgiu durante uma visita de jornalistas estrangeiros ao kibutz Kfar Aza, em Israel. Na cobertura, uma repórter do canal local i24 News disse, com base em informações repassadas por um líder militar israelense, que teriam sido encontrados os corpos de bebês e que alguns deles haviam sido decapitados.
– Não é uma guerra, não é um campo de batalha. Você vê os bebês, a mãe, o pai, em seus quartos, em suas salas de proteção e como os terroristas os mataram. É um massacre – disse o major-general Itai Veruv aos jornalistas.
Posteriormente, a agência de notícias turca Anadolu disse que o Exército de Israel não tinha informações que confirmassem que o grupo terrorista Hamas teria decapitado bebês. Para sustentar a versão, o veículo disse que um porta-voz do Exército israelense declarou que não havia “quaisquer detalhes ou confirmação” do ocorrido.
Comentarios