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Anúncio de férias coletivas do polo de automóveis não afeta produção da Zona Franca de Manaus

Por Juca Queiroz/Memorial News

Com informações da Abraciclo

Foto: Divulgação/Abraciclo

Manaus/AM - Após o anúncio das montadoras do setor de quatro rodas do Brasil, neste mês, que ocorrerá uma paralisação da produção e férias coletivas para os funcionários, o diretor da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) Paulo Takeuchi, afirma que, como o Polo Industrial de Manaus (PIM), não possui nenhuma montadora de carros, a decisão não irá afetar a matriz econômica.

“A ZFM não tem nenhuma montadora de automóveis, até porque a lei não permite. Nós, fabricantes de duas rodas, sempre convivemos de uma maneira muito independente. Então, o que surge na nossa categoria, muitas vezes não reflete no que acontece no setor de quatro rodas e vice-versa”, aponta.


A alta dos juros e da inflação estão entre os motivos que levaram à queda na venda dos veículos de quatro rodas, o que resultou na paralisação da produção de carros.


Na avaliação do diretor da Abraciclo, mesmo com a alta dos juros, a única preocupação do setor de duas rodas é que os bancos mantenham os créditos e financiamentos.


"Os bancos precisam continuar ofertando os financiamentos e créditos para as pessoas. Com os juros elevados, eles precisam criar alternativas, como taxas menores para que a população possa adquirir esses produtos com mais facilidade", disse.


Fabricantes e distribuidores de motocicletas fecharam o ano passado com motivos para comemorar. Tanto a produção quanto a venda de veículos de duas rodas registraram crescimento na casa de dois dígitos percentuais. Otimistas com os bons resultados obtidos em 2022, a Abraciclo, associação que reúne os maiores fabricantes de motocicletas do País, projeta crescimento mais tímido para este ano. Segundo os fabricantes, a produção e a venda de motos deverão crescer mais de 9% em 2023.


Desafio - Juros e queda no poder de compra


De acordo com levantamento da Abraciclo, em 2023, 1.413.222 motocicletas foram produzidas no Polo Industrial de Manaus, volume 18,2% superior ao registrado em 2021 e o melhor resultado para o segmento desde 2014. Já as vendas no varejo chegaram a 1.361.941 unidades, o que representa crescimento de 17,7%, em comparação a 2021.


Para Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, os números comprovam a retomada de crescimento do segmento após enfrentar um primeiro bimestre desafiador devido à pandemia de covid-19 que atingiu Manaus (AM), no início de 2021. “Depois disso, o ritmo de produção cresceu mês a mês para atender o consumidor, que passou a utilizar a motocicleta como instrumento de trabalho, evitar a aglomeração no transporte público ou ter maior agilidade e mobilidade nos centros urbanos”, explica.


Apesar dos bons resultados do ano passado, a indústria de duas rodas projeta um 2023 desafiador, por causa dos juros altos e também da queda no poder de compra dos consumidores. “Após três anos de pandemia, estamos aumentando a produção para atender ao crescimento na demanda do mercado, que retoma, gradativamente, aos volumes anteriores. Por outro lado, ficamos atentos a possíveis incertezas econômicas, consequência da elevação nos custos globais de produção, da definição da política do novo governo, do andamento das reformas política e administrativa, do fator Custo Brasil, entre outras”, afirmou Fermanian.


Justamente por essas incertezas e desafios, a projeção de crescimento no segmento de motos para este ano é mais tímida. A Abraciclo estima que as fábricas instaladas em Manaus deverão produzir 1.550.000 motocicletas em 2023, o que signifca alta de 9,7% na comparação com o volume de 2022.


Já no varejo, a perspectiva é de que sejam emplacadas 1.490.000 motocicletas, o que corresponde a crescimento de 9,4%, em relação ao ano passado. “Embora o segmento tenha crédito mais restrito, o consórcio deverá representar um facilitador para a aquisição desses veículos neste ano”, acredita Andreta Jr., presidente da Fenabrave, federação que reúne os distribuidores de veículos do País.


Apesar de, em 2022, a principal modalidade de vendas de motos ter sido o financiamento (38%), as vendas por consórcio cresceram 28,9%, com mais de 383 mil motos (26%) adquiridas dessa forma. Portanto, fabricantes e revendedores enxergam, no consórcio, uma alternativa para manter o crescimento, mesmo em um cenário de juros altos e crédito restrito.


Mercado de motos, no Brasil, nos últimos dois anos

Fonte: Abraciclo

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