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Após amargar perda de R$ 146 bilhões em valor de mercado, Luiza Trajano agora diz ser "apartidária"


Empresária, dona do Magazine Luiza disse que não aceitou proposta para concorrer à Presidência do Brasil, pois é "apartidária". (Foto: Divulgação/Fórum Econômico Mundial)



Por Juca Queiroz/Com informações da Agência Estado e Valor Econômico



A empresária Luiza Helena Trajano, proprietária da rede de varejo Magazine Luiza, revelou ter sido convidada para concorrer às eleições deste ano, incluindo ser cabeça de chapa na corrida presidencial. Contudo, ela afirmou que não aceitou as propostas, pois teve dificuldades em adotar uma legenda política. Luiza descreve a si mesma como “apartidária”.


– Recebi muita pressão, muita gente torceu, mas não sou candidata. Não me candidatei porque sou apartidária. Senti dificuldade de me filiar a um partido, e acredito muito na força do nosso grupo [o Mulheres do Brasil] – declarou.


Na ocasião, Trajano participava de um evento em São Paulo que teve como tema a participação feminina na política. Ela integrou o painel “Empoderamento de Mulheres na Sociedade e nos Negócios” e expressou seu desejo para que as mulheres se engajem na política.


– A grande transformação de um país vem da sociedade civil organizada. A gente tem que ser protagonista do país. Não é porque o governo não faz [dar incentivo a mulheres na política], que não vamos fazer. O Brasil é nosso – assinalou.


Perda bilionária se acumula desde o pico da cotação, em novembro de 2020


Os resultados do MagazineLuiza, decepcionaram os investidores e derrubaram a ação da varejista, que tem o pior desempenho entre os papéis do Índice Bovespa no início da tarde desta terça-feira. Desde o pico da cotação, em novembro de 2020, a empresa já perdeu R$ 146 bilhões de valor de mercado.


Em relatório, o Goldman Sachs disse que os números no quarto trimestre vieram piores do que as expectativas do mercado, que já eram ruins, com receitas de vendas 7% abaixo do chamado consenso do mercado.


O problema não é só no curto prazo. A comparação com anos anteriores também mostra uma deterioração significativa nos principais indicadores.


Em todo o ano de 2021, a empresa teve prejuízo operacional (antes dos tributos sobre o lucro) de R$ 218,4 milhões, o primeiro desde 2015 e o quarto resultado negativo da base de dados do Valor PRO, que começa em 2009. Para comparação, a varejista obteve um lucro operacional de R$ 414,1 milhões em 2020 e de R$ 1,22 bilhão em 2019.


No ano passado, a empresa usou créditos tributários de R$ 809,1 milhões — o maior da série — para reverter esse prejuízo operacional e fechar o ano com lucro líquido de R$ 590,7 milhões, o terceiro maior da base de dados. Em 2020, em vez de crédito, a empresa pagou R$ 22,4 milhões em tributos.


O que pressionou os resultados operacionais foram a queda de vendas e aumento de custos. Apesar de a receita de vendas ter crescido 21% em relação a 2020, para R$ 35,28 bilhões, recorde em termos nominais, os custos subiram mais, 23%. Com isso, a relação entre custo e receita — a margem bruta — caiu de 25,77% em 2020 para 24,06%, a menor desde 2009.


Essa piora do balanço está refletida nos preços da ação. Em novembro de 2020, o Magazine Luiza chegou a valer R$ 178 bilhões, cerca de seis vezes a receita daquele ano, o que hoje a colocaria na sexta posição entre as empresas da bolsa, atrás do Bradesco. Com a queda de hoje, até agora, o valor de mercado é de R$ 33 bilhões, abaixo das vendas de 2021 e uma perda de R$ 146 bilhões.





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