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BR-319: Desabamentos das pontes do rio Curuçá e comunidade Autaz Mirim afetam 100 mil pessoas

Por Juca Queiroz/Memorial news

jrenatoqueiroz@gmail.com

Segundo o governador Wilson Lima, há um risco de que em algum momento possa acontecer falta de energia. Estruturas integram rodovia federal que é a única conexão por terra de parte do estado com outras regiões do país. (Fotos: Divulgação/Secom)



Manaus/AM - O Governo do Amazonas decretou situação de emergência em três cidades do Estado após a queda de duas pontes na BR-319. De acordo com o governador, há desabastecimento de alimento, remédio e combustíveis. Também há risco das cidades ficarem sem energia elétrica. Cerca de 100 mil pessoas estão sendo afetadas após desabamentos.


O decreto de emergência abrange Careiro da Várzea, Careiro - conhecido como Careiro Castanho - e Manaquiri.

As duas pontes desabaram em um intervalo de menos de duas semanas. Elas integram a rodovia federal, que é a única conexão por terra de parte do estado com outras regiões do país. A interdição da BR-319 também afeta diretamente Roraima, já que a rodovia se liga à BR-174, única ligação do estado roraimense ao restante do país por via terrestre.

O anúncio do decreto de emergência foi feito pelo governador do Amazonas na manhã desta segunda-feira, durante coletiva de imprensa. De acordo com o governador, as cidades do Careiro da Várzea, Careiro Castanho e Manaquiri são diretamente afetadas pelo desabamento das duas pontes.

"Temos ali a questão do escoamento da produção, desabastecimento de alimento, de remédio, de combustíveis. É importante a questão do combustível, porque esse combustível é que faz funcionar as térmicas. Então, há um risco de que em algum momento isso aconteça, e a gente espera que isso não aconteça, de que alguns desses municípios possam ficar sem energia elétrica", afirmou Wilson Lima.

No Amazonas, algumas localidades recebem energia de termelétricas, que dependem de combustíveis para funcionar.

O desabamento da ponte Autaz Mirim, no km 12 da BR-319, afetou em cheio as Famílias que moram e trabalham no local. (Foto: Juca Queiroz/Memorial News)

O governado afirmou que aproximadamente 104 mil pessoas estão sendo afetadas nas regiões próximas às pontes. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), 100 mil pessoas equivalem a aproximadamente 2% da população do estado.

Depois da queda da primeira ponte, em 28 de setembro, o governo estadual afirmou que uma ponte metálica substituiria a antiga estrutura. As obras começariam no último fim de semana, mas não foram feitas. De acordo com o governador, está prevista uma reunião em Brasília, nesta segunda-feira, com a participação dele e do ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, para a cobrança de medidas.


Desabamento compromete transporte e abastecimento no AM e RR

Com trechos da BR-319 interditados, o transporte terrestre em Roraima e em parte do Amazonas está comprometido. A situação já prejudica o transporte de cargas, comprometendo o abastecimento de alimentos perecíveis, como carne e peixes, e de outros produtos.


Isolados por terra, Roraima e Amazonas dependem da rodovia federal para acessar outras regiões do país fora do eixo Norte. Entenda como é feita essa ligação e o papel das demais rodovias federais que cortam o Amazonas.


A BR-319 está interditada há 13 dias, desde que a ponte sobre o Rio Curuçá desabou, deixando quatro mortos, 14 feridos e, pelo menos, um desaparecido. Bombeiros do Amazonas chegaram a retirar dez veículos da água, incluindo um rolo compressor e uma carreta.


Menos de duas semanas depois, a ponte Autaz Mirim também desabou na BR-319. A estrutura desmoronou poucas horas após ser interditada. Segundo o Governo do Amazonas, não houve feridos.

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