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Foto do escritorPortal Memorial News

Caso Silvanilde: “Eu só pedi dinheiro dela”, diz Caio, assassino confesso da servidora do TRT

Por Tarcísio Layme/Memorial News

Caio disse que estava sob efeito de drogas e pediu dinheiro para cuidar do filho dele que tem anemia e estava doente. Sempre ameaçando com a faca.


Caio Claudino de Souza, de 25 anos, assassino confesso da servidora do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, Silvanilde Veiga, afirmou que "só queria dinheiro" e estava sob efeito de drogas, quando cometeu o crime. Ele foi preso na manhã desta terça-feira (31), em Manaus.


De acordo com a Polícia Civil, o homem trabalhava em outro local e foi ao condomínio onde o crime aconteceu para prestar apoio a um evento. A polícia suspeita que ele teria visto a vítima deixar o apartamento, retornar e decidiu abordá-la.

O suspeito disse à polícia que foi até o andar da Silvanilde verificar uma demanda sobre barulho, no dia do crime. Ele disse que foi até a porta dela, tocou a campainha e pediu uma transferência de dinheiro via PIX.

O homem contou ainda que o dinheiro era para o filho dele que tem anemia e estava doente. Ele afirmou que estava sob o efeito de drogas e estava com uma faca.

"Eu só pedi dinheiro dela. Falei 'senhora, a senhora pode me ajudar, me mandar um PIX?', mas ao mesmo tempo ameaçando com a faca. Foi na hora que ela entrou e ele reagiu furando ela. “Fiquei em pânico, joguei ela e saí fora", disse Souza.


A vítima foi golpeada com 12 facadas pelo corpo. Questionado sobre os golpes, o suspeito disse que só lembra de ter ferido a servidora uma vez no pescoço e depois fugiu do local do crime.

O advogado de Caio, Samarone Gomes, afirmou à Rede Amazônica que, por estar sob efeito de entorpecente, o suspeito não lembra totalmente como o crime aconteceu.

"Ele não lembra como aconteceu o fato em si. Ele não lembra praticamente nada porque estava sob o uso de entorpecente. Então, ele não está lembrando absolutamente nada. Está tentando ter uns flashes. Ele lembra que adentrou o apartamento, mas da conduta, ele não lembra de nada", contou o advogado.


Ainda segundo Gomes, o suspeito era usuário de entorpecentes há bastante tempo e costumava consumir maconha e cocaína diariamente.

Após prestar depoimento na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Caio foi encaminhado para o Instituto Médico Legal para fazer o exame de corpo de delito. Ele chegou no local por volta das 14:40 e retornou para a DEHS após o exame.


DEPOIMENTO DO ASSASSINO


A polícia deu detalhes chocantes sobre como o vigilante Caio Claudino de Souza, 25, agiu para matar a servidora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) Silvanilde Veiga no condomínio Gran Vista, no bairro Ponta Negra, na zona Oeste de Manaus.

De acordo com a delegada da DEHS, Marília Campelo, Caio é vigilante de outro condomínio e foi chamado para reforçar a segurança no Gran Vista no dia do crime, 21 de maio, pois ocorreria um evento no local. O suspeito chegou na unidade habitacional por volta das 14h para prestar o serviço.

Segundo o delegado Ricardo Cunha, durante análise das câmeras de segurança foi possível ver Kaio nervoso, fazendo uso do elevador por diversos andares do condomínio e aparentava estar incomodado, como se estivesse sob efeito de drogas. Quando o suspeito chegou no 14º andar, ele parou e ficou cerca de 13 minutos, porém, não havia câmeras de segurança no corredor para que pudessem mostrar a ação do suspeito.

Conforme Cunha, Kaio teria tentado entrar em outros apartamentos até que ele encontrou a oportunidade de abordar a servidora Silvanilde. A suspeita é de que a vítima teria sido vista com um celular na mão após sair de casa rapidamente para jogar o lixo ou pegar algo no carro, e ao retornar para casa foi abordada pelo vigilante que tinha interesse, inicialmente, em roubar o telefone da mulher.

Na versão apresentada por Kaio durante depoimento, ele confessou que estava sob efeito de cocaína e bateu na porta de Silvanilde informando que precisava olhar o quadro de luz do apartamento, momento em que a vítima abriu a porta e permitiu a entrada dele por volta das 17h50.

Ao entrar, Kaio exigiu o telefone da mulher e transferências via pix, porém, ambos entraram em luta corporal. De acordo com a delegada Campelo, o suspeito já estava armado com uma faca quando entrou na casa e deu diversos golpes na mulher, além das agressões. A mulher foi morta com requintes de crueldade, pois, ela apresentava 14 facadas, sendo a maioria no pescoço, entre elas um golpe final.

Após o crime, o suspeito fugiu com o celular e apareceu em câmeras saindo do condomínio por volta das 18h06 com as roupas sujas de sangue. Conforme o delegado Cunha, o suspeito ainda tentou se lavar após cometer o crime. Ele deixou a motocicleta que pertencia ao condomínio e solicitou um carro por aplicativo. Durante a corrida, ele jogou o celular de Silvanilde.

Ainda conforme a delegada Marília, o suspeito não conhecia a família e nem a vítima, e a escolheu aleatoriamente. A prisão de Kaio aconteceu nesta terça-feira (31), 10 dias após o crime, na casa em que ele mora com a família no bairro Coroado, na zona Leste de Manaus.

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