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Em meio ao caos, Conselho reprova contas de Antônio Andrade, presidente do Boi Bumbá Garantido

Por Juca Queiroz/Memorial News


Parintins/AM - Sem fiação elétrica funcionando, sem cadeiras para os sócios, sem mesa para diretoria, discussões aleatórias, sem ata, sem lista de sócios, clima tenso e um atraso de quade três horas. Com essa situação a Assembleia do Boi-Bumbá Garantido, que aconteceria na manhã deste domingo, 10 de julho, na Cidade Garantido, foi adiada.


A decisão partiu do presidente do Garantido, Antônio Andrade, e desagradou a grande maioria dos sócios presentes.


O presidente do Conselho Fiscal, Rosinaldo Carneiro, conduziu as discussões e alertou que solicitou da presidência estrutura para a assembleia, porém, não foi atendido. Visivelmente foi clara a posição do grupo que apoia Antônio de não querer a realização da assembleia de prestação de contas. Porém, um grupo maior de sócios exigia a realização do evento.


A Polícia Militar se fez presente. No dia anterior a PM expediu documento à associação folclórica solicitando o adiantamento, alegando clima hostil na Cidade Garantido devido a manifestações anteriores que geravam clima de insegurança.


O membro do Conselho de Ética, Gerson Oliveira, informou que no caso da assembleia, a insegurança maior era com relação à pessoa do presidente Antônio Andrade.


"O adiamento da assembleia se dá por conta de um ato do presidente. Diante de circunstâncias relativas à preocupação com a segurança, a integridade física das pessoas, principalmente, acredito que seja a dele que esteja em risco. Seria um risco iminente realizar qualquer assembleia de forma desorganizada", disse.


Rozinaldo fez a leitura do parecer do Conselho Fiscal sobre a prestação de contas da presidência. Ele apontou irregularidades e anunciou a desaprovação das contas.


"Os membros do conselho fiscal da Associação Folclórica Boi Bumbar Garantido não testam a prestação de contas da entidade e apresentam e propõe a sua desaprovação à assembleia. Nós do conselho fiscal fizemos a nossa parte. Nós cobramos. Eu acho eu eu penso que os erros devem ser corrigidos, se conseguirem corrigir", declarou.


Sócio e ex-artista do boi, Lenno Souza, afirma que Antônio Andrade agiu com desrespeito com o sócio do bumbá.


"A gente entende que nem de nenhuma forma o presidente quis prestar as conta. Tanto que ele mandou desligar a energia da Cidade Garantido, não deu a estrutura. Em nenhum momento ele quis fazer a prestação de contas, Isso é um desrespeito com todos os sócios que tem aqui. A maioria dos sócios queriam a prestação de conta e não teve porque o presidente não quis", explicou.


Mesmo com a desaprovação das contas, a diretora financeira do Garantido, Ana Lourdes Miranda, comemorou o adiamento da assembleia. Ela afirmou que o bumbá vai atender as orientações do Conselho Fiscal e regularizar as contas. "O parecer como todo mundo viu, não tem nenhuma ilicitude, não tem nenhum ilícito. Fomos reprovados por desorganização, por não cumprir prazos e o conselho fiscal está corretíssimo em fazer isso. Daqui para frente, como estou à frente e eu técnica nessa área, não vai mais acontecer atrasos no encaminhamento da documentação para o conselho fiscal. Isso não é promessa, porque a gente não promete. Isso é palavra de quem tem conhecimento técnico", afirmou.


Ao pegar o microfone, o presidente Antônio Andrade foi vaiado pelo grupo maior de sócios. Com o adiamento da assembleia, fica defina a data publicada pelo presidente para o dia 31 de julho a nova Assembleia Ordinária do bumbá. O que mais se ouviu ao longo de todo o desentendimento, foram os gritos : “FORA ANTÔNIO ANDRADE”!

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