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"Esse é o novo normal do Amazonas: Alunos limpando escolas e o governo nao se posiciona", diz deputado ao denunciar Seduc

Por Beatriz Souza/Assessoria

Fotos: Davide Silva e Sol Rocha

Após 30 dias de fiscalizações em escolas estaduais, o deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza) usou a tribuna do Legislativo nesta quarta-feira, 18, para reforçar a urgência de um posicionamento da Seduc acerca da precariedade na educação do Amazonas:

"Porque passado os 30 dias, o Estado não apresentou, o Governo não apresentou uma solução e aí ninguém fala nada em nenhuma esfera. Cadê o deputado Amom que não dá uma linha em solidariedade aos jovens que hoje limpam escola? Porque pra mim isso não é normal, aluno tem que tá em sala de aula", pronunciou.


O parlamentar informou que a primeira fiscalização partiu de denúncias sobre a falta de serviços gerais devido atrasos no pagamento das empresas terceirizadas, exigindo que os próprios estudantes assumam essa função e providenciem os materiais de limpeza por conta própria. No entanto, a inspeção mostrou outros problemas.

“Eu fiscalizei através de denúncias a primeira escola estadual sobre a questão da falta dos profissionais de serviços gerais e lá não foi só isso que eu encontrei. Eu encontrei uma merenda não nutritiva. Isso foi a primeira escola, os alunos limpando a escola. Nesse período eu visitei três escolas, nas três escolas essa é a realidade, esse é o novo normal da educação do Amazonas", declarou.

Outra questão reforçada foi a qualidade da merenda escolar. Com cardápio limitado a pão com água, bolachas e frango sem qualquer tipo de legume ou verdura, estudantes da rede pública que recebem uma dieta que não condiz com a Lei N° 6470/2023 de autoria do Deputado, garantidora de alimentação saudável nas escolas estaduais.


"Hoje saiu uma matéria em que comprova que o Estado vai fornecer 10 toneladas de carne. Amém, porque desde fevereiro estão comendo só frango sem verdura e sem legumes, quem tá comprando o tempero são as senhoras da cozinha [...] É desta forma que nós vamos tirar o Amazonas do último lugar do Enem? Com escolas de tempo integral servindo pão com água, às vezes só biscoito.

Um suco na merenda escolar hoje somente em datas comemorativas", explicou.

Além disso, Wilker também questionou a falta de manutenção de ar-condicionados nas instituições, que obriga os alunos a comparecerem mediante sistema de rodízio.

"Escolas fazendo rodízio. Contratos de manutenção de merenda, de ar-condicionado na casa dos milhões. E pra onde tá indo esse recurso? Não esqueçamos que a Lei obriga o Estado a aplicar 25% na educação", ponderou.


Por fim, Barreto reforçou que diante de todas as situações denunciadas por ele há 30 dias, o Estado continua sem emitir qualquer tipo de esclarecimento e apresentar soluções, incluindo também o não posicionamento de parlamentares jovens que defendem a educação.

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