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Governador Wilson Lima afasta coordenador da Cema por desvios de testes


No último dia 21 da janeiro, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), apreendeu mais de três mil testes rápidos de Covid-19 desviados da rede pública de Saúde do Amazonas. (Foto: Divulgação/PRF)



Por Juca Queiroz/Memorial News



O governador do Amazonas, Wilson Lima afastou Erike Barbosa de Carvalho Araújo, coordenador da Central de Medicamentos (Cema), “considerando a necessidade da apuração” do desvio de mais de 3 mil testes de Covid-19 que seriam vendidos em farmácias e laboratórios de Boa Vista, segundo a Polícia Civil de Roraima. O Decreto de afastamento foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) do último dia 25/01.

Empresário e farmacêutico, Erike Aráujo foi nomeado coordenador da Cema pelo governador Wilson Lima (PSC), em novembro de 2021.


O empresário e sua empresa, a Femax Serviços e Comércio Eireli, foram incluídos na lista de pedidos de indiciamento no relatório final da CPI, em Roraima, aprovado em dezembro do ano passado. Erike Araújo é citado por “crimes de licitação, improbidade administrativa, tráfico de influência, corrupção ativa, impedimento, perturbação ou fraude de concorrência, organização criminosa, e crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores”.


Na CPI, em depoimento, ele negou as acusações. “Fui citado por diversas vezes na CPI. Todos falaram que eu sou uma pessoa difícil, que eu sou uma pessoa grossa, que fiz até ameaças, mas nenhum deles me chamou de ladrão, nenhum disse que eu ofereci alguma vantagem ou algum dinheiro para alguém. Brigava sim, pois no serviço público, ou você tem padrinho ou você tem que brigar mesmo para ter seus direitos respeitados. Meus pecados são brigar pelos meus direitos”, declarou. (Depoimento de Erike Araújo à CPI em Roraima).


No último dia 21 da janeiro, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), apreendeu mais de três mil testes rápidos de Covid-19 desviados da rede pública de Saúde do Amazonas. A suspeita é que o material seria vendido para clínicas ou laboratórios particulares.


O motorista do furgão onde estavam os testes afirmou que a carga era uma doação da Secretaria de Saúde do Amazonas para a Secretaria de Saúde de Roraima, segundo a delegada Magnólia Soares, da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Administração Pública de Roraima. Ao ser feita a verificação com a Sesau (RR), foi constatado que o Estado não tinha conhecimento dessa doação”, afirmou a delegada, que confirmou que o material foi desviado da rede pública de Saúde do Amazonas.


A Polícia Civil do Amazonas informou que o desvio dos testes para Covid-19 está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Deccor) da Polícia Civil (PC), em Manaus.


De acordo com informação da Polícia Civil do Amazonas o inquérito foi instaurado pelo delegado titular da Deccor, Guilherme Torres. “Mais informações não podem ser repassadas para não atrapalhar os trabalhos policiais”, informou a Polícia Civil do Estado, em nota.

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