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Governador Wilson Lima é criticado por manter discurso ambientalista sobre a Amazônia e exploração de potássio

Por Juca Queiroz - Memorial News

Foto: Reprodução/Arquivo

O governador do Amazonas, Wilson Lima, entrou outra vez no olho do furacão, ao cair em contradição acerca da defesa da Amazônia. Enquanto mantém metas ambiciosas para a redução de desmatamento, que anuncia mundo afora, e engrossa o coro de governos da região amazônica por recursos de outros países para a preservação da natureza, ambientalistas e órgãos indígenas do estado têm apontado contradição na atitude do seu governo quanto a um tema sensível: a exploração de potássio no município de Autazes, a 113 km de Manaus.


A informação foi publica na coluna do jornalista Guilherme Amado, do site de notícias Metrópoles.


Na contramão de opiniões do Ministério Público Federal (MPF), da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e da Articulação das Organizações e dos Povos Indígenas do Amazonas (Apiam), entidades indigenistas, a respeito do licenciamento para exploração de governo amazonense entregou no começo de abril a primeira licença ambiental emitida pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) para a instalação do Projeto Potássio Autazes, da empresa Potássio do Brasil, controlada pelo banco canadense Forbes & Manhattan. O investimento previsto é de R$ 2,5 bilhões em 23 anos.


O processo de licenciamento estava em andamento há 15 anos e, segundo o governo Wilson Lima, vai gerar 2,6 mil empregos diretos na fase de instalação da Mina de Silvinita, a maior em exploração de potássio do país. Quando o empreendimento entrar em operação, estima-se que serão gerados 17 mil empregos diretos e indiretos.


O potássio é o principal componente da produção de fertilizantes e a exploração no Amazonas pretende reduzir a dependência do Brasil de importações para suprir a demanda interna do agronegócio.


A última 6ª feira (19), Dia dos Povos Indígenas do Brasil, foi marcada por protestos em Manaus, capital do Amazonas. Entidades indígenas e representantes do Povo Mura protestaram em frente ao icônico Teatro Amazonas contra a autorização dada pelo governo do estado ao projeto de exploração de potássio em Autazes.


O Ministério Público Federal já sinalizou que a licença ao projeto da Brazil Potash é “irregular”, pois não respeitou os direitos constitucionais e as normas internacionais. Os procuradores entendem que o processo deveria estar a cargo do IBAMA, no âmbito federal, já que o projeto incide sobre território indígena.


Já o governo federal parece dividido. Enquanto a FUNAI segue analisando o pedido de demarcação das terras do Povo Mura, o vice-presidente Geraldo Alckmin se colocou a favor do projeto, sob a justificativa de que ele reduziria a dependência de fertilizantes importados utilizados pelo agronegócio brasileiro.

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