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Ibama multa Eletronuclear depois de vazamento de água radioativa em Angra dos Reis

Por Juca Queiroz - Memorial News

Com informaçõesda Agência Estado

Foto: Divulgação/Eletronuclear

A Eletronuclear, estatal que administra as usinas Angra 1, 2 e 3, foi multada em mais de R$ 2 milhões pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).


O motivo foi o descarte irregular de substância radioativa no mar de Angra dos Reis (RJ) e por não comunicar às autoridades sobre o acidente ambiental. A empresa nega que tenha omitido o vazamento e deve recorrer da multa.


O caso aconteceu em setembro do ano passado, mas a Eletronuclear, estatal responsável por gerir as usinas, só comunicou o fato 21 dias após o episódio.


Já no final do mês, o Instituto Estadual do Ambiente foi comunicado do caso e avisou a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e o Ibama. Uma equipe foi enviada ao local para realizar uma inspeção e coletar amostras para análise.


De acordo com o relatório de inspeção da CNEN, foi encontrado “a presença de radionuclídeos artificiais em níveis que não representavam qualquer risco à população e/ou ao meio ambiente”. No entanto, o órgão ambiental multou a companhia em R$ 101 mil por não comunicar o Sistema Nacional de Emergências Ambientais imediatamente após o vazamento.


A estatal alegou que um “pequeno volume” do material lesivo foi “lançado de forma involuntária no sistema de águas pluviais” e que se tratou de um “incidente operacional”, sem a necessidade de cumprir o “rito de notificações que seriam obrigatórias em caso de acidente” e que, após analisar o episódio, não foi encontrado ”nenhum resultado significativo”.


Na terça-feira 21, o procurador da República Aldo de Campos Costa ajuizou uma ação civil pública na Justiça Federal em Angra dos Reis contra a Eletronuclear, acusada de atuar com “ausência de transparência e irresponsabilidade na comunicação do acidente nuclear”.


Já na quarta-feira 22, a juíza federal Monica Maria Leone Cravo determinou que a Eletronuclear avalie todos os possíveis danos causados na Baía de Itaorna e divulgue publicamente “informações objetivas sobre o acidente e as medidas adotadas para remediar os danos, de forma a garantir o direito à informação da população afetada e a prevenir a manipulação de informações”.

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