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Ibovespa fecha 5º pregão seguido com ganhos, com bancos e disparada de Magazine Luiza: dólar recua a R$ 5,39

Da Redação - Memorial News

Via Infomoney

Foto: Ibovespa/Divulgação

Teria o bom humor voltado para ficar? O Ibovespa sacudiu a poeira das últimas semanas e engatou hoje a quinta sessão seguida em alta, com mais 1,07%, aos 122.636,96 pontos, um ganho de 1.295,83 pontos. A sequência só tem parâmetro com fevereiro deste ano, quando emendou seis pregões de ganhos, entre 15 e 22 de fevereiro de 2024, com 0,62% (dia 15), 0,72 (dia 16), as duas altas na semana encurtada pelo carnaval; 0,24% (dia 19), 0,68% (dia 20), 0,09% (dia 21) e 0,16% (dia 22), encerrando com 130.240,55 pontos.


A diferença daquela boa fase para a atual ainda é de 8 mil pontos. Ou seja, ainda falta muito chão para o Ibovespa percorrer nesta atual recuperação, mas, ao menos, o mês de junho virou para positivo, com 0,44%.


As boas notícias seguem com o dólar comercial, que recuou hoje 0,92%, a R$ 5,39, embora ainda bem longe da mínima (de fechamento) do ano, que é de R$ 4,85, justamente no primeiro dia de 2024. O movimento de hoje é de realização de lucros. Já os juros futuros (DIs) recuaram por toda a curva, depois de abrirem o dia em alta.


“O problema é que não tem notícia. É um repique. (A Bolsa) caiu por muito tempo. Basicamente sobe por fluxo de estrangeiro”, disse Pedro Moreira, sócio da One Investimentos. “(O estrangeiro) entra porque (a Bolsa) está barata e tem sinal de fluxo saindo da China; essa entrada é temporária, não há melhora de cenário”, completa.


O Ibovespa “sobe pois não há motivadores negativos. Está tudo calmo, e desde quarta-feira (19) o Banco Central acalmou o cenário após a manutenção da Selic de forma unânime”, diz o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.


A subida ainda é influenciada “por conta da reunião da semana passada do Copom”, entende Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital. “Mesmo com o mercado em compasso de espera em relação a ata que vai ser entregue amanhã, acredito que a decisão mais cautelosa fez com que os investidores tivessem uma luz no fim do túnel, em que a política fiscal tem que ser resolvida, já que tendo uma piora fiscal, consequentemente, temos um maior endividamento, e uma menor taxa de juros faz com que tenhamos rolagem de dívida, o que impacta na curva de juros ao longo prazo”, completa. “E a queda da bolsa pode ser, na visão de muitos, uma oportunidade de entrada”.


O especialista ainda aponta na agenda desta semana um motivo da pouca movimentação: “também temos divulgação de IPCA-15 na quarta-feira (26) e relatório trimestral de inflação na quinta-feira (27), o que faz com que os investidores fiquem aguardando esses relatórios e não se posicionem nem saindo da bolsa, nem entrando”. De quebra, amanhã o BC divulga a ata da última reunião do Copom, a da unanimidade.


Ibovespa sobe com blue chips, bancos e Magalu

Não só os cenários nacional e internacional ajudaram o Ibovespa. As notícias (elas existem, afinal) também contribuíram para o bom momento das ações – que reagiram bem até mesmo quando o noticiário não é tão positivo.


Senão, vejamos: Vale (VALE3) subiu 0,12%, mesmo com o minério de ferro atingindo a mínima de dois meses e meio. Petrobras (PETR4) avançou 0,93%, mas com ajuda do noticiário: o petróleo internacional mostrou alta, com preocupações sobre o abastecimento durante o versão no Hemisfério Norte; e indicações da ANP de que a produção de petróleo no Brasil deve subir em maio pela 1ª vez em 6 meses.


A alegria do dia para os investidores, contudo, veio com o anúncio da Magazine Luiza (MGLU3) ter chegado a um acordo com a AliExpress. As ações dispararam 12,28%. O JPMorgan vê o anúncio como positivo para o Magalu, pois aprofunda sua oferta 3P com SKUs (unidades de produtos) que não eram foco da empresa (geralmente tíquete mais baixo) sob uma estrutura em que a varejista brasileira não arca com o custo de entrega (a ser entregue pela AliExpress), melhorando assim as unidades de negócio e potencialmente aumentando as conversões e a recorrência.


“Além disso, o MGLU3 apenas cobrará um take rate (valor que incide sobre cada transação, já negociada) pelas vendas de seus produtos no AliExpress, enquanto o financiamento para consumidores e marketing será feito pelo AliExpress. Todas as transações serão feitas seguindo as diretrizes do Remessa Conforme″, avalia.


Os bancos também subiram, liderados pelo Itaú Unibanco (ITUB4), com alta de 1,44%. BB (BBAS3) avançou 0,75% e Bradesco (BBDC4) valorizou 0,32%.


Azul (AZUL4) ganhou 3,52%, mas analistas do Bradesco BBI revisaram seu modelo de valuation e reduziram o preço-alvo das ações em 28%, de R$ 40 para R$ 29 (ainda um potencial de valorização de 278%), a fim de refletir o cenário atual de um real mais fraco e preços mais elevados do petróleo.


No setor imobiliário, o mesmo BBI analisou a posição vendida nos nomes mais líquidos do setor imobiliário e o principal destaque é o aumento de 102% na posição vendida da Cury (CURY3), com R$ 413 milhões em junho de 2024, de R$ 204 milhões em janeiro de 2024. As ações, mesmo assim, subiram hoje 3,96%.


No campo dos dados, o Boletim Focus mostrou que as projeções para inflação e PIB voltaram a subir nesta semana; a confiança do consumidor se recuperou e subiu para 91,1 pontos em junho, segundo a FGV; e o Brasil teve déficit em conta corrente de US$ 3,4 bi em maio.


Mas ainda muita água vai rolar embaixo da ponte. O humor pode mudar, mas, por ora, essa tranquilidade parece contribuir para um Ibovespa mais alegre.

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