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'Corredor da Filadélfia': Israel intensifica ofensiva em Rafah e mata cerca de 300 terroristas do Hamas

Por Juca Queiroz - Memorial News

Via Agência AFP

Foto: Said Khatibi/AFP

O exército de Israel intensificou a ofensiva em Rafah e matou cerca de 300 militantes do grupo terrorista Hamas durante operações na cidade. O ataque aconteceu após o governo israelense anunciar o controle sobre o corredor entre a Faixa de Gaza e o Egito. Segundo o porta-voz do governo, David Mencer, essa rota era usada pelo Hamas para contrabandear armas. “O corredor tem mantido o Hamas com vida”, afirmou Mencer.


Testemunhas relataram bombardeios israelenses perto de Rafah, cidade no extremo sul de Gaza onde se concentram os combates, e em Nuseirat, no centro do território palestino.


O Exército israelense indicou que seus “comandos operam no centro de Rafah”, onde “destruíram um depósito de armas do Hamas” e também anunciou a morte de dois soldados em Gaza, elevando o número de militares mortos a 292 desde que Israel lançou sua ofensiva terrestre no final de outubro.


No centro do território, 11 pessoas morreram em bombardeios noturnos em Deir al Balah e no campo de refugiados de Nuseirat, segundo fontes médicas. O Exército afirmou que “eliminou vários terroristas que operavam perto” de suas tropas na área.


Apesar da indignação internacional após um bombardeio no domingo, que deixou dezenas de mortos em um campo de deslocados em Rafah, Israel mantém a operação lançada em 7 de maio nesta cidade com o objetivo de eliminar os últimos batalhões do Hamas.


A mobilização terrestre em Rafah permitiu a Israel assumir o controle do corredor da Filadélfia, uma faixa de 14 quilômetros ao longo da fronteira entre Gaza e o Egito. O porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, acusou o Hamas de usar esse corredor para transportar armas para a Faixa de Gaza através de túneis.


O presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, negou a existência destes túneis e acusou Israel de procurar justificativas para sua ofensiva em Rafah. O Egito e Israel culpam-se mutuamente pelo bloqueio da passagem fronteiriça de Rafah, crucial para a entrada de ajuda humanitária em Gaza e fechada desde que o Exército assumiu o controle do lado palestino no início de maio.


A ONU alerta frequentemente para o risco de fome em Gaza, sob cerco israelense quase desde o início do conflito, em outubro. “Já se passaram 24 dias desde que a ocupação israelense assumiu o controle da passagem de Rafah e fechou a de Kerem Shalom, agravando a crise humanitária e impedindo que 22 mil feridos e doentes saíssem de Gaza para tratamento e que entrasse ajuda”.


O Escritório das Nações Unidas de Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA, sigla em inglês) afirmou que “a ajuda que entra [em Gaza] não chega à população” e lembrou que a obrigação legal de Israel de fornecer ajuda “não termina na fronteira”.

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