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Nível do Rio Negro chega a 29,70 metros em Manaus e alcança a 4ª maior cheia já registrada

Por Juca Queiroz/Memorial News


A cheia, que é considerada severa, já atingiu 15 dos 19 bairros mapeados pela Defesa Civil do município, segundo a Defesa Civil Municipal. (Fotos: Altemar Alcântara/Semcom)




O nível do Rio Negro subiu dois centímetros e alcançou 29,70 metros nessa quinta-feira (16), em Manaus. Trata-se da quarta maior cheia desde o início dos registros, em 1902.


Desde o dia 7 de maio, a cota da água ultrapassou a marca de inundação severa, que é de 29 metros. Além disso, a capital continua na lista de cidades em emergência por causa da cheia de 2022.



O avanço das águas mudou a paisagem urbana da capital, especialmente na região central. A avenida dos Barés, próxima das feiras da Banana e da Manaus Moderna, foi a primeira a ter trecho interditada por conta da cheia. Além dela, a rua Barão de São Domingos, também na região central da capital, foi bloqueada.



Para viabilizar o trafego de pedestres, a Prefeitura de Manaus construiu pontes de madeiras nas principais regiões do Centro da cidade, atingidas pelas águas.


Nos trechos das avenidas Eduardo Ribeiro e Floriano Peixoto próximo à Praça do Relógio, também há registro de inundação, mas o fluxo de veículos segue liberado.



No parque dos Bilhares, zona Centro-Sul da capital, foram interditadas duas alças inferiores.


Segundo Edson Leda, vice-presidente do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), o bloqueio tem o intuito de garantir a segurança do tráfego ao constatar que o nível da água da enchente do igarapé do Mindu está comprometendo a circulação nesse sentido.



A cheia, que é considerada severa, já atingiu 15 dos 19 bairros mapeados pela Defesa Civil do município, e de acordo com o secretário executivo da pasta, coronel Fernando Júnior, todos eles já estão sendo acompanhados.



“Hoje a subida do rio Negro já afetou 15 bairros da cidade e a Defesa Civil já está atuando nos locais, inclusive, em alguns já estamos até fazendo o reforço no atendimento, estendendo o comprimento das pontes, em alguns bairros e área comercial de Manaus”, disse o coronel.



Além da alteração no trânsito, a Semseg estuda também, por meio do Centro de Cooperação da Cidade (CCC), outras medidas como a construção de mais pontes e passarelas, além de sanitização das águas paradas.



“O CCC, apesar de monitorar toda a cidade, atua por meio do Comitê de Gestão de Crises em casos como esses que fogem à normalidade da cidade. Apesar de esperada, a cheia impacta diretamente na rotina e por isso, vamos acionar o comitê e junto com as secretarias, definir os próximos passos e as parcerias para trabalhar naquela área do Centro, que faz parte do roteiro turístico da nossa Manaus”, destaca Sandro Diz, superintendente do CCC.



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