Por Alessandra Taveira / Seminf
Fotos:Carlos Oliveira e
Márcio Melo / Seminf
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Mapeado pela Prefeitura de Manaus como uma das áreas críticas afetadas pela severa estiagem que assola o Estado do Amazonas, o bairro Puraquequara, na zona Leste, recebeu, neste sábado, 7/10, ajuda humanitária. Equipes voluntárias das secretarias municipais de Infraestrutura (Seminf), Limpeza Urbana (Semulsp), Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Educação (Semed), da empresa Águas de Manaus e do Conselho Tutelar distribuíram mantimentos a 130 famílias de quatro comunidades ribeirinhas.
A logística montada, neste sábado, direcionou, inicialmente, os esforços à comunidade de São Francisco de Mainã, a 12 quilômetros de distância das margens do rio Puraquequara. Para chegar com os mantimentos (cesta básica, água potável e kit higiênico) nas proximidades da Mainã, as equipes utilizaram uma lancha, com capacidade para 45 lugares.
“Tivemos de pensar em um transporte que comportasse toda a equipe da Semulsp, que está nos ajudando no carregamento dos insumos, e, ainda, a carga”, explicou a superintendente da Unidade Gestora de Projetos Municipais de Abastecimento de Água da Seminf (UGPM-Água), Arone Bentes.
No ponto de encontro, após a distribuição, voluntários do Conselho Tutelar registraram 60 famílias beneficiadas com os insumos. “Alcançamos o esperado. São pessoas que vêm não só da vila, mas também de subcomunidades ao redor da Mainã. Tivemos de atracar nesse ponto, onde o leito baixou, para realizarmos a ação, porque não conseguimos chegar na comunidade devido à baixa do rio. A vazante nos ameaça de ficar atolados, principalmente por conta da carga. As famílias foram avisadas e vieram até nós, nesse ponto”, complementou Arone Bentes.
Na comunidade Santa Luzia, o acesso foi feito via terrestre, por ramal. Na associação de moradores, as famílias aguardavam a chegada do caminhão com mantimentos. “A gente sabe que vocês aguardam por essa ajuda e que é primordial que o poder público olhe dessa forma para vocês. O prefeito David Almeida e o secretário de Obras, Renato Junior, determinaram essa ação e viabilizaram essa logística com a entrega de insumos”, afirma Arone Bentes, enquanto entrega as cestas.
No ponto de retirada, 70 famílias vindas da comunidade Menino Jesus, João Paulo e Santa Luzia foram beneficiadas. “Agora, sem o rio, a gente não tem como se deslocar e chegar à vila para comprar comida. Nosso trajeto para tudo é a pé. Está muito complicado. Não tenho nem palavras para descrever o que está fazendo a prefeitura por nós. Muito obrigado”, disse o morador da comunidade, Aldeney Santos, de 54 anos.
Sobrevivência na Mainã
A dificuldade dos moradores na Mainã vai desde a falta de comida na mesa até o banho comprometido pela falta d’água.
“Está muito difícil da gente sair daqui para fazer compras. Graças a Deus que chegou, a gente estava esperando por essa ajuda, principalmente pela água, porque a gente está tomando banho dessa lama”, relata Franciele Moreira, beneficiária do Bolsa Família, e mãe do Benício, de 4 anos, que ela carregava no colo, enquanto recebia os alimentos.
O morador Francisco da Silva, 65 anos, disse que, há dez anos, a vazante não era tão severa como a deste ano. “O que mais nos assustou foi a velocidade com que aconteceu, que a seca desceu. O rio é a nossa rua. Se fechar, ninguém tem mais acesso a lugar algum. É por ele que a gente acessa mercados e faz nossas compras. Agradecemos à prefeitura por tudo. É louvável demais. Uma ajuda muito grande. Tem gente que está vivendo uma situação complicada. Então, o que o prefeito David está fazendo por nós é algo maravilhoso”, complementou Francisco.
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