Pesquisa Ipec mostra que eleitores que não apoiaram nem Lula e nem Bolsonaro, têm percepção mais negativa da economia do que a média geral da população brasileira. (Fotos: Divulgação/Arquivo)
Uma nova pesquisa realizada pelo Ipec traz insights sobre a percepção dos eleitores brasileiros em relação à situação econômica do país e sua influência nas escolhas políticas.
Os dados, obtidos pelo jornal O Globo, revelam que a maioria dos eleitores que optaram por votar nulo ou em branco no segundo turno da eleição presidencial entre Lula e Jair Bolsonaro compartilha uma visão crítica sobre o cenário econômico.
De acordo com o levantamento, realizado entre os dias 4 e 8 de abril, 41% dos entrevistados que optaram por votar nulo ou em branco consideram que a economia do país estagnou nos últimos seis meses, enquanto 37% percebem uma piora nesse período. Apenas 19% acreditam em uma melhora econômica.
A visão negativa é ainda mais acentuada entre os eleitores que se abstiveram de apoiar tanto Lula quanto Bolsonaro em 2022. Em comparação com a média geral da população entrevistada, esse grupo tende a ter uma visão mais crítica do desempenho econômico do governo. Entre os entrevistados no total, 33% relatam uma melhora na economia, enquanto 36% acreditam que a situação piorou.
Já entre os eleitores de Bolsonaro, 66% veem uma piora econômica, em contraste com os 9% que apontam melhorias. Por outro lado, entre os seguidores de Lula, os percentuais se invertem, com 10% observando uma deterioração econômica e 60% percebendo melhorias.
Além disso, a pesquisa também revela uma mudança na perspectiva dos brasileiros em relação ao futuro econômico do país. Atualmente, 40% dos entrevistados acreditam que a situação econômica estará melhor daqui a seis meses, enquanto 31% se mostram pessimistas.
O Ipec conduziu entrevistas presenciais com 2.000 eleitores em 129 municípios entre os dias 4 e 8 de abril, com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos e um nível de confiança de 95%.
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