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Petróleo desaba mais de 10%, com aceno diplomático na Ucrânia


Além dos sinais de autoridades pela solução do conflito, investidores acompanharam a liberação de estoques. (Foto: INTS KALNINS/REUTERS)



Por Agência Estado



O petróleo fechou em forte queda nesta quarta-feira (9), após altas da sessão da terça-feira (8). O foco do mercado nesta quarta continuou sendo a guerra na Ucrânia, em meio a um cessar-fogo para evacuação de civis e acenos de autoridades pela solução do conflito. Além disso, investidores acompanharam a liberação emergencial de estoques do óleo e dados semanais do DoE (Departamento de Energia) americano.


Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para abril fechou em queda de 12,12% (US$ 15), a US$ 108,70. Enquanto o do Brent para maio perdeu 13,16% (US$ 16,84) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 111,14.


Os contratos futuros do petróleo operavam em alta durante a madrugada, porém a commodity passou a cair com a notícia de que a Agência Internacional de Energia (AIE) informou que os Estados-membros já liberaram 62,7 milhões de barris de maneira emergencial de seus estoques.


Depois, só aceleraram as quedas em meio a um cessar-fogo para permitir a fuga de habitantes na região que circunda Kiev, enquanto investidores monitoravam as perspectivas de diálogo para uma eventual solução no conflito.


O vice-chefe de gabinete do presidente ucraniano, Ihor Zhokva, afirmou que a Ucrânia está disposta a discutir neutralidade em relação à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).


O óleo chegou a reduzir perdas com o relatório semanal do DoE, que mostrou que os estoques de petróleo nos Estados Unidos caíram 1,863 milhão de barris, a 411,562 milhões de barris, na semana encerrada em 4 de março, mas intensificaram as quedas após o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, afirmar estar preparado para fazer concessões em prol de terminar a guerra.


Para Edward Moya, da Oanda, além da fala de Zelenski, os preços do petróleo caíram à medida que cresce o otimismo de que o impacto econômico das sanções está pesando na economia russa, e que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pode tentar evitar uma longa guerra.


De acordo com o Julius Baer, o isolamento de Moscou deixa uma lacuna no mercado de petróleo. "O mundo não está prestes a ficar sem petróleo. Estamos testemunhando uma crise de preços, e não uma crise de oferta", destacou, em relatório enviado a clientes.


Apesar das quedas desta quarta, segundo a Rystad Energy, na pior das hipóteses, o preço do barril de petróleo poderá atingir US$ 240 em meados do ano se países ocidentais adotarem sanções em massa contra exportações de petróleo russo.



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