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Prefeitura fortalece fluxo na saúde básica para celeridade ao rastreio do câncer do colo do útero

Por Victor Cruz - Semsa

Foto: Divulgação/Semsa


A investigação de casos suspeitos de câncer do colo do útero exige uma série de etapas que se inicia na Atenção Primária, passa por análises laboratoriais e atendimento especializado, até que seja iniciado o tratamento dos casos confirmados. Em meio às ações da campanha “Março Lilás”, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), vem fortalecendo o fluxo de atendimento para dar celeridade ao rastreio de casos na capital amazonense.

A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, explica que tal fluxo vem sendo reforçado junto aos profissionais da rede por meio de webconferências e treinamentos, a fim de qualificar o atendimento às usuárias e facilitar o acesso. Além disso, são desenvolvidas ações de educação em saúde, orientando a população sobre as formas de prevenção ao câncer do colo do útero, que incluem o uso de preservativos e a vacinação contra o HPV.

“Apesar da intensificação de serviços neste mês de março, a Atenção Básica realiza ações de combate ao câncer do colo do útero durante todo o ano, tendo como foco o diagnóstico precoce da doença, pois são nesses casos que a mulher tem quase 100% de chance de cura. Estamos fortalecendo os serviços especializados nesta gestão do prefeito David Almeida justamente para agilizar esse fluxo e diminuir o tempo de espera pelas consultas, coletas de exame e resultados”, informa a secretária.

De acordo com a titular da Semsa, o grupo de risco para a doença são mulheres e homens trans da faixa etária de 25 a 64 anos. A porta de entrada são Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que disponibilizam a coleta do exame Citopatológico, também conhecido como Preventivo e Papanicolau. A análise do material é feita no Laboratório Municipal de Especialidades Professor Sebastião Ferreira Marinho.

“Quase todas as unidades básicas da rede ofertam o exame preventivo, com a coleta sendo realizada no mesmo dia se houver vaga, ou agendada para o dia mais próximo. Os laudos são liberados em até 30 dias, mas esse prazo é reduzido para até 15 dias quando se trata de uma urgência por forte suspeição de lesão cancerígena”, detalha Shádia.

Dados parciais da Semsa apontam que, em 2022, foram realizadas 115,8 mil coletas de exames preventivos, sendo que 99,1 mil eram de mulheres da faixa etária de risco.


Diagnóstico

A chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Mulher da Semsa, enfermeira Lúcia Freitas, acrescenta que quando surge uma lesão de alto grau no exame preventivo, a usuária é encaminhada via Sistema de Regulação (Sisreg) para realização da colposcopia ou biópsia em uma das cinco policlínicas que disponibilizam o serviço na capital.

“Nas unidades básicas, os médicos clínicos gerais e os enfermeiros estão capacitados a realizar a análise do laudo do preventivo e, ao fazê-lo, efetuam-no seguindo as Diretrizes Brasileiras de Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, encaminhando as usuárias, quando necessário, a um dos SRCs (Serviços de Referência para Diagnóstico e Tratamento de Lesões Precursoras do Câncer do Colo de Útero) para definição do diagnóstico”, pontua Lúcia Freitas.

Dos cinco SRC em funcionamento na capital, dois são administrados pela rede municipal de saúde: na policlínica Castelo Branco, bairro Parque 10 de Novembro, zona Centro-Sul, e na policlínica Antônio Comte Telles, bairro São José, zona Leste. Os demais são coordenados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), que também é responsável pelo Sistema de Regulação.

No ano passado, em Manaus, das 2,4 mil colposcopias realizadas na rede pública de saúde, mil foram em unidades municipais, e das mil biópsias, 450 foram feitas na rede municipal. A análise desses materiais é efetuada no laboratório do hospital Delphina Aziz, e o resultado é disponibilizado após cerca de 30 dias.

“Quando o resultado está pronto, os profissionais da policlínica ligam para a usuária ir buscá-lo, e em casos positivos para câncer, ela é encaminhada via Sisreg para a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCecon). Se for uma lesão benigna, ela é acompanhada na policlínica por cerca de dois anos, realizando exames a cada seis meses, ou se for uma lesão leve, ela retorna para o acompanhamento na Atenção Primária”, informa Lúcia.

Serviço

Ao procurar uma unidade de saúde para solicitação do exame preventivo, as usuárias devem portar documento de identidade com foto, CPF e Cartão Nacional de Saúde (CNS). A lista com endereços e horários das unidades de saúde pode ser conferida no site semsa.manaus.am.gov.br.


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