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Senado aprova PEC das Drogas: PT foi unânime pelo NÃO: veja como votou cada senador e cada partido

Por Juca Queiroz - Memorial News

Via Agência Estado

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O Senado aprovou, em dois turnos de votação nesta terça-feira (16), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna crime as pessoas andarem ou serem pegar com qualquer tipo de droga. Foram 53 votos a favor, e 9 votos contra na 1ª votação e 52 votos favoráveis e 9 contrários na 2ª votação.


O texto insere um artigo na Constituição que torna crime o porte e a posse de todas as drogas, independentemente da quantidade. Pela proposta, deve haver distinção entre traficante e usuário, com penas alternativas à prisão para quem consome a substância ilícita.


De autoria do presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a proposta é uma reação de parlamentares ao avanço do Supremo Tribunal Federal (STF) em um julgamento que pode descriminalizar o porte de maconha, em pequena quantidade, para uso pessoal.


A única mudança entre o 1º e o 2º turno da PEC das Drogas foi a senadora Zenaide Maia (PSD-RN), que votou sim na primeira votação e estava ausente na segunda.


O julgamento, interrompido em março quando o ministro Dias Toffoli pediu vistas, já tem 5 votos favoráveis à descriminalização. Com mais um, forma-se maioria.


Como muda a Constituição, a proposta precisa ser aprovada duas vezes no Senado e ter ao menos 49 votos (do total de 81 senadores).


A PEC das Drogas altera o artigo 5º da Constituição, que possui cláusulas pétreas, o que pode fazer a proposta esbarrar no próprio STF se for aprovada caso seja questionada a sua constitucionalidade.


VEJA COMO VOTOU CADA SENADOR E PARTIDO:


Alan Rick União Brasil AC Ausente

Alessandro Vieira MDB SE Sim

Ana Paula Lobato PSB MA Sim

Angelo Coronel PSD BA Sim

Astronauta Marcos Pontes PL SP Ausente

Beto Faro PT PA Não

Carlos Portinho PL RJ Ausente

Carlos Viana Podemos MG Ausente

Chico Rodrigues PSB RR Ausente

Cid Gomes PSB CE Sim

Ciro Nogueira PP PI Sim

Cleitinho Republicanos MG Sim

Confúcio Moura MDB RO Não

Damares Alves Republicanos DF Sim

Daniella Ribeiro PSD PB Ausente

Davi Alcolumbre União Brasil AP Sim

Dr. Hiran PP RR Sim

Eduardo Braga MDB AM Sim

Eduardo Girão Novo CE Sim

Eduardo Gomes PL TO Sim

Efraim Filho União Brasil PB Sim

Eliziane Gama PSD MA Ausente

Esperidião Amin PP SC Sim

Fabiano Contarato PT ES Ausente

Fernando Dueire MDB PE Sim

Fernando Farias MDB AL Não

Flávio Arns PSB PR Sim

Flávio Bolsonaro PL RJ Sim

Giordano MDB SP Ausente

Hamilton Mourão Republicanos RS Sim

Humberto Costa PT PE Não

Irajá PSD TO Ausente

Ireneu Orth PP RS Sim

Ivete da Silveira MDB SC Sim

Izalci Lucas PL DF Sim

Jader Barbalho MDB PA Ausente

Jaime Bagattoli PL RO Sim

Janaína Farias PT CE Não

Jaques Wagner PT BA Não

Jayme Campos União Brasil MT Sim

Jorge Kajuru PSB GO Sim

Jorge Seif PL SC Sim

Jussara Lima PSD PI Sim

Laércio Oliveira PP SE Sim

Leila Barros PDT DF Sim


A PEC incorporará à Constituição artigo considerando tanto o posse e como o porte de drogas ato ilícito em qualquer quantidade como crime. Caberá ao policial, segundo emenda de autoria de Rogério Marinho (PL-RN), distinguir a pessoa entre usuário e traficante. Com a aprovação da proposta, o texto será encaminhado a Câmara, onde serão necessários os votos de 308 dos 513 deputados para alterar a Carta Magna.


As rejeições ao texto, que é de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), vieram de seis senadores do PT e três do MDB. O partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou voto contrário à proposta enquanto que o MDB, que possui três ministérios no governo federal, liberou a bancada.


O PSD, PSB, PDT, União Brasil, PP e o Republicanos, que também possuem pastas na Esplanada, defenderam a criminalização do porte das drogas.


A proposta foi aprovada em segundo turno apenas vinte minutos após o término da primeira etapa da votação. O placar teve um voto favorável a menos e a diferença entre os dois resultados foi motivado pela ausência da senadora Zenaide Maia (PSD-RN).


Dos 13 senadores do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, 11 votaram a favor. Os senadores Carlos Portinho (RJ), líder do partido no Senado, e Marcos Pontes (SP) se ausentaram.


A ausência foi marcante na votação da PEC. No primeiro turno, 19 senadores não estavam na sessão; no segundo, 20 não votaram. Todos os três senadores de São Paulo: Alexandre Giordano (MDB), Mara Gabrilli (PSD) e Marcos Pontes não depositaram os seus votos.


O que diz a PEC?


A PEC de autoria de Pacheco estipula como crime tanto a posse como o porte de drogas. O texto não faz diferenciação sobre quantidade. Ou seja, considera ato criminoso portar ou possuir qualquer quantidade de entorpecente.


“A lei considerará crime a posse e o porte, independentemente da quantidade, de entorpecentes e drogas afins sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar”, diz a emenda, que não prevê novas penas para os crimes de uso e tráfico de drogas.


PEC das Drogas é resposta ao debate do STF sobre descriminalização do uso da maconha

A PEC é uma resposta do Congresso ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que discute a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Na Suprema Corte, o placar é de 5 a 3 para acabar com a criminalização.


O STF debate a legalidade do artigo nº 28 da Lei de Drogas, sancionada pelo Congresso Nacional em 2006, que determina a punição para o usuário de entorpecentes. Na regulamentação, não há uma quantidade de ilícitos que diferencie o delito do tráfico de drogas, o que provocou a discussão da Corte para a criação de um parâmetro que possa distinguir as ocorrências.


A proposta de Pacheco recebeu uma emenda do relator da proposta na CCJ, senador Efraim Filho (União-PB). O parlamentar incluiu que os usuários de drogas serão submetidos a penas alternativas à prisão, além de tratamentos contra a dependência química. Essa divisão já está presente na lei de 2006.


A proposta foi aprovada em segundo turno apenas vinte minutos após o término da primeira etapa da votação. O placar teve um voto favorável a menos e a diferença entre os dois resultados foi motivado pela ausência da senadora Zenaide Maia (PSD-RN).


Dos 13 senadores do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, 11 votaram a favor. Os senadores Carlos Portinho (RJ), líder do partido no Senado, e Marcos Pontes (SP) se ausentaram.



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