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Foto do escritorPortal Memorial News

Sob Lula, cúpula da Abin balança após relatório da PF: "houve conluio de investigados com a atual gestão”


A Polícia Federal (PF) informou que, mesmo após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), integrantes da direção da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) tentaram interferir nas apurações sobre o suposto uso ilegal do órgão para espionagem.


Segundo informações da Folha de S.Paulo, a informação consta no pedido encaminhado ao ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, para deflagrar a operação, batizada de Vigilância Aproximada.


O texto afirma que há indícios de que houve um “conluio de parte dos investigados com a atual alta gestão da Abin” e que tais ações “interferiram no bom andamento da investigação”.


O documento ainda menciona Alessandro Moretti, que atualmente é o segundo no comando do órgão e foi diretor de Inteligência da PF. Moretti teria dito a investigados que a apuração tinha “fundo político” e que “iria passar”. O texto afirma que essa não é a postura que se espera de um delegado.


Cúpula na berlinda


Sob reserva, auxiliares do presidente Lula e integrantes da Casa Civil, pasta à qual a Abin está vinculada, afirmam que a revelação é grave e tornou praticamente “insustentável” a permanência do atual diretor da agência, Luiz Fernando Corrêa, e de seu número dois, Alessandro Moretti, na pasta.


A situação de Moretti é considerada ainda mais delicada que a de Luiz Fernando. Segundo o relatório da PF, em uma reunião com investigados no caso, Moretti teria dito que a apuração seria “fundo político e iria passar”. “Não é a postura esperada de delegado”, diz o documento.


No relatório, a PF afirma ainda que houve, após o início das investigações, uma estratégia da direção-geral da Abin para “tentar acalmar a turma”. Segundo o documento, a “revolta do investigado” com o avanço da investigação fez a atual direção da Abin “construir uma estratégia em conjunto”.


Moretti, vale lembrar, enfrenta resistências no governo Lula desde quando foi escolhido para o cargo. O motivo seria o fato de ele ter sido diretor de Inteligência na PF no último ano do governo Bolsonaro e número 2 de Anderson Torres na Secretaria de Segurança do Distrito Federal.

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