Partido perdeu vagas na Câmara e caiu para terceira bancada. Líderes tentam atrair ex-juiz, que tem 48h para deixar Podemos. (Foto: Adriano Machado/Reuters)
Por Crhistina Lemos/R7 Brasília
Na reta final do término do prazo para a troca de partidos sem prejuízo para o exercício do mandato, o novo União Brasil encolheu, como esperado, e deve se tornar a terceira maior bancada da Câmara. A diminuição da bancada se deu por causa justamente da insatisfação com a fusão entre DEM e PSL, que causou a evasão em massa principalmente de parlamentares pesselistas, que migraram para o PL, em apoio a Bolsonaro.
Sem candidato expressivo para se tornar um player importante na disputa eleitoral deste ano, o partido abandonou o discurso de que a prioridade era fazer uma bancada forte e hegemônica na ação parlamentar a partir de 2023, o União Brasil corre contra o tempo para atrair o ex-juiz Sergio Moro, pré-candidato pelo Podemos.
Com mais capilaridade e muito mais verba para bancar a campanha pela Presidência, o União Brasil fechou o cerco a Moro com uma proposta definida como “irrecusável” por um de seus líderes. Um dos argumentos apresentados ao concorrente da terceira via é que a experiência dos últimos três meses mostrou que, a bordo do Podemos, a candidatura de Moro está estagnada e não conseguirá fazer frente ao desafio. Com mais recursos e mais palanques estaduais, Moro teria chances de reverter a rejeição e encarar a disputa com Bolsonaro e Lula.
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