Na próxima terça-feira (22), Barroso dará posse ao seu sucessor, ministro Edson Fachin, para presidir a Corte. (Foto: Reprodução/TV Justiça)
Por Juca Queiroz/Memorial News
A cinco dias de passar a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para Edson Fachin, o ministro Luís Roberto Barroso proferiu nesta quinta-feira (17) um discurso de despedida repleto de “recados” dirigidos ao presidente Jair Bolsonaro.
Nas palavras do magistrado, “nos últimos tempos” a democracia e as instituições “passaram por ameaças das quais acreditávamos já haver nos livrado”.
Barroso afirmou que o presidente Jair Bolsonaro ordenou que caças sobrevoassem a Praça dos Três Poderes em rasantes para quebrar vidraças da sede do STF. A afirmação foi com base nas declarações do ex-ministro da Defesa e Segurança Pública Raul Jungmann, em agosto de 2021.
O desfile de tanques de guerra na Praça dos Três Poderes e os atos de 7 de setembro também foram lembrados pelo ministro, em uma lista que também contém:
– Comparecimento à manifestação na porta do comando do Exército, na qual se pedia a volta da ditadura militar e o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal;
– Pedido de impeachment de ministro do STF em razão de decisão judicial que desagradava;
– Ameaça de não concessão de emissora que faz jornalismo independente;
– Agressões verbais a jornalistas e veículos de imprensa.
Na próxima terça-feira (22), Barroso dará posse ao seu sucessor, ministro Edson Fachin, para presidir a Corte. Alexandre de Moraes será empossado como vice-presidente.
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