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É 'CaTRIchoso'! Touro Negro conquista 3º título consecutivo após três noites espetaculares no Bumbódromo

Por Juca Queiroz - Memorial News

Foto: Montagem/Juca Queiroz

Em uma apresentação espetacular, o Boi Bumbá Caprichoso conseguiu seu inédito título de TRICAMPEÃO no 57º Festival Folclórico de Parintins. Foram três noites de apresentações, nas quais os itens do Touro Negro se superaram e arrebataram mais um título para a agremiação, somando ao todo, agora, 24 vitórias.


O presidente do Caprichoso, Rossy Amoedo, que não conseguia segurar o nervosismo e a emoção, durante a apuração do evento, que ocorreu no Centro de Convenções e iniciou às 14h, falou sobre o empenho e dedicação de toda equipe envolvida.


"É muito trabalho! Agradeço a todos os trabalhadores que contribuíram com esse festival. Fizemos um grande espetáculo. Vamos comemorar juntos. Eu era criança quando sonhava com esse tricampeonato. Não vou deixar recado para ninguém. Apesar da adversidade, parabenizo o presidente do Garantido pelo grandioso trabalho. Estamos aqui para somar e contribuir para o crescimento do festival. Vamos comemorar", falou Rossi, chorando.


O Boi Caprichoso ganhou a primeira noite de apresentação, com apenas um décimo de diferença, apesar da apresentação magnífica: Caprichoso 419,9 pontos contra 419,8 do boi contrário. Na segunda noite, o Caprichoso empatou com o boi contrário em notas iguais: 418,8 pontos. Na última noite de apresentação, o Caprichoso confirmou o título do 57º Festival Folclórico de Parintins, vencendo também o dia 30.


Primeira Noite


Na noite de sexta-feira (27), o Boi Caprichoso deu início ao 57º Festival Folclórico de Parintins com uma apresentação grandiosa no interior do Bumbódromo.


Na primeira noite, o Bumbá Azul trouxe o subtema Raízes: O Entrelaçar de Gentes e Lutas. O Caprichoso proclamou o “Triunfo do Povo”, focando nas culturas plantadas, nascidas e sustentadas na Amazônia. A apresentação homenageou negros, indígenas, ribeirinhos e mestres da cultura popular local, marcando uma história de resistência e superação. O Boi Caprichoso celebrou as diversas contribuições culturais que moldaram o povo parintinense. O bumbá azul trouxe os seguintes momentos.


A Dama da Noite


Essa parte da apresentação trouxe à tona a lenda indígena da “Dama da Noite”. Segundo a narrativa, a noite foi trazida à terra por Inhambu, filha de Boiúna, após um desafio. A dança e a encenação evocaram a magia e o mistério dessa figura lendária.


Muatirisawá - União


Aqui, o Boi Caprichoso representou os saberes que entrelaçam gentes e lutas. As tuxauas, líderes indígenas, participaram de uma dança cerimonial simbolizando a união e a força da cultura local. O ritmo e os movimentos expressaram a conexão profunda entre as pessoas e suas tradições.


Mestres e Mestras da Cultura Popular


O Caprichoso prestou homenagem a figuras icônicas da cultura popular parintinense. Dona Siloca, Ednelza Cid, Zeca Xibelão e Chico da Silva foram lembrados por suas contribuições significativas. Suas histórias e legados foram celebrados em um momento emocionante.


Bicho Folharal


Essa alegoria representou o espírito da luta dos povos-floresta. O Bicho Folharal simbolizou a Amazônia e suas matrizes indígenas. A floresta, com sua biodiversidade e riqueza cultural, foi exaltada, lembrando a importância de preservar esse tesouro natural.


Rito de Transcendência Yanomami


Encerrando a noite com grande impacto, o Boi Caprichoso apresentou o ritual indígena “Mothokari, a fúria do sol”. Inspirado nos Yanomami, esse rito transcendeu o cotidiano e conectou o público à espiritualidade ancestral. A dança, os cantos e os gestos evocaram a energia do sol e a força da natureza. O Bumbódromo de Parintins vibrou com essa riqueza cultural e a magia única proporcionada pelo Boi Caprichoso!


A coletiva de imprensa realizada anteriormente revelou que os artistas do Caprichoso tiveram liberdade para trabalhar suas alegorias, integrando tecnologias sem perder a essência da tradição. O presidente Rossy Amoedo destacou a importância de preparar um espetáculo digno para os parceiros que investem no festival.


As alegorias, cuidadosamente elaboradas pelos artistas do Caprichoso, mesclaram tradição e tecnologia, sem perder a essência. O foco foi proporcionar um espetáculo digno para os parceiros que investem no festival. A noite de abertura celebrou a resistência dos filhos da terra, marcando uma história de lutas e superação.


Segunda Noite


Na segunda noite do 57º Festival Folclórico de Parintins, o Boi Caprichoso celebrou o tema “Tradições: O Flamejar da Resistência Popular”.


A apresentação do touro negro destacou as tradições que dão vida à agremiação, relembrando a lenda amazônica do “Engeramento de Chico Patuá”, um herói da resistência popular durante a Cabanagem no Grão-Pará.


A rainha do folclore, Cleise Simas, evoluiu na arena em um módulo aéreo, enquanto a cunhã-poranga, Marciele Albuquerque, encantou a galera ao se transformar em um gavião.


A primeira alegoria exaltou o “Pescador da Amazônia”, figura típica regional, e o pajé Erick Beltrão apresentou o ritual indígena “Rito da Transcendência Marubo”. Esse ato grandioso encerrou a noite de apresentação do Boi Caprichoso.


Terceira Noite


Na noite de ontem, o Boi Caprichoso brilhou no 57º Festival Folclórico de Parintins, encerrando o espetáculo com uma apresentação emocionante. Sob o tema “Cultura - O Triunfo do Povo”, o Caprichoso levou o público ao delírio no Bumbódromo, exaltando a ancestralidade e os conhecimentos milenares. 🌿


O subtema da noite foi “Saberes: o reflorestar das consciências”. O Boi Caprichoso tornou-se um verdadeiro escoadouro de vozes da ancestralidade, expressando diversos saberes. Do alto de uma libélula, o boi desceu ao solo, transmitindo uma mensagem contundente pela proteção do planeta. A letra da toada “Terra: Nosso Corpo, Nosso Espírito” ecoou como um chamado à preservação ambiental e à valorização dos povos originários.




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